
Community commerce é o novo nome de um comportamento antigo: comprar por influência de quem a gente confia. Só que agora, isso acontece nas redes sociais — de forma pública, em escala e com impacto direto nas vendas.
Em vez de ser uma marca tentando chamar atenção, sua loja pode fazer parte de uma conversa real, entre pessoas que se conectam por interesses em comum. Esse é o coração do comércio baseado em comunidade.
Segundo relatório da DataReportal de 2025, mais de 144 milhões de brasileiros estão ativos nas redes sociais, representando 68% da população.
Além disso, uma pesquisa da Statista reforça: o Brasil é um dos mercados mais engajados do mundo em plataformas sociais — e isso cria o terreno ideal para estratégias baseadas em comunidade. Continue lendo e confira!
O que é community commerce?
Community commerce, ou “comércio em comunidade”, é uma forma de vender que nasce do relacionamento genuíno entre pessoas com interesses em comum — e não da comunicação direta da marca.
Mais do que uma estratégia, é um comportamento: as pessoas compram porque confiam, se identificam e se sentem parte de algo. E isso acontece especialmente quando o produto ou a marca entra em conversas reais, que já estão acontecendo nas redes sociais.
Nesse modelo, a marca não está no centro. A comunidade está. É ela quem experimenta, comenta, compartilha, influencia — e gera vendas espontaneamente, sem parecer que está vendendo.
O resultado? Um ambiente mais orgânico, com conteúdo mais verdadeiro e com influência que não depende apenas de campanhas pagas. É o tipo de recomendação que gera pertencimento — e, com isso, confiança e conversão.
Por exemplo, imagine uma loja de cosméticos naturais. No modelo tradicional, ela faz um post bonito, impulsiona o anúncio e tenta converter com desconto. Já no community commerce, a loja pode:
- Convidar clientes fiéis para testar novos produtos antes do lançamento;
- Incentivar depoimentos reais em vídeo;
- Repostar resenhas sinceras nos stories;
- Abrir enquetes para escolher o próximo aroma de sabonete;
- Receber ideias de combinações feitas pela própria comunidade.
Esses conteúdos não vêm da marca — vêm da comunidade. E isso gera um ciclo de confiança e influência muito mais forte.
O consumidor passa a ser parte ativa do processo. Ele não só compra — ele co-cria, recomenda e se sente representado.
Esse é o espírito do comércio colaborativo nas redes sociais: uma rede viva de pessoas que se conectam entre si em torno de produtos, valores e experiências reais.
Como o community commerce se diferencia de outras estratégias?
O community commerce se parece com outras formas de vender pelas redes sociais, mas tem uma lógica diferente.
No marketing de influência, o influenciador recomenda um produto e ganha uma comissão por cada venda. No social commerce, a loja vende diretamente pelas redes sociais — com posts, vídeos, lives ou botões de compra.
Esse modelo também pode usar tudo isso também pode usar tudo isso — mas muda o foco: coloca a comunidade no centro da estratégia.
Não é só a marca vendendo, nem o influenciador fazendo propaganda. É o público participando ativamente: comentando, testando, indicando, criando conteúdo espontaneamente, trocando experiências reais.
É como se a venda acontecesse dentro de um grupo de amigos que confiam uns nos outros. E é justamente aí que entra o conteúdo gerado pelo usuário (UGC) — um dos pilares desse tipo de estratégia baseada em comunidade.
Quando um cliente compartilha um vídeo usando seu produto, publica um “recebidos” nos stories, comenta que indicou para alguém ou mostra um antes e depois, ele está influenciando mais do que muitos anúncios pagos.
Porque é real. É de verdade. E isso gera confiança. Essa lógica muda tudo:
- O conteúdo passa a ser mais colaborativo do que institucional;
- A voz da marca se adapta à conversa da comunidade;
- O catálogo de produtos pode ser ajustado com base no que os clientes estão pedindo;
- E o relacionamento vira parte do diferencial da loja.
O cliente deixa de ser apenas o comprador final — e se transforma em parte da construção da marca. Ele não está mais no fim do funil, mas no centro de um ecossistema vivo, onde confiança gera recomendação, e recomendação vira venda.
Esse é o poder do community commerce: vender com relevância, sem parecer que está vendendo — porque quem convence não é só a marca, mas sim quem já acredita nela.
Onde o community commerce acontece (e como sua loja pode aproveitar)?
O community commerce ganha vida nas redes onde as pessoas comentam, compartilham e se influenciam mutuamente — não só por causa da marca, mas umas pelas outras.
Plataformas com alto nível de interação social se tornam o ambiente ideal para esse tipo de conexão. A seguir, veja como sua loja pode participar ativamente dessas conversas nas principais redes do Brasil.
Instagram: reels colaborativos e engajamento nos comentários
Com 141 milhões de usuários no Brasil, o Instagram ainda é um dos melhores lugares para fomentar comunidade. No contexto do community commerce, você pode:
- Criar reels com conteúdo colaborativo, usando feedback real de clientes;
- Incentivar comentários com experiências (“Como você usa esse planner no seu dia?”);
- Repostar reviews espontâneos nos Stories, com agradecimento e destaque para a comunidade.
Lojas que vendem produtos criativos — como papelaria, cosméticos naturais ou moda feminina — se beneficiam muito desse tipo de interação social orgânica.
Pinterest: comunidades que inspiram e geram tráfego
Quase metade dos brasileiros conectados usam o Pinterest como fonte de inspiração. Aqui, o community commerce aparece em:
- Pastas coletivas com favoritos de clientes;
- Pins compartilhados por usuários com fotos reais;
- Comentários e salvamentos que sinalizam tendências da comunidade.
Diferente do TikTok ou Instagram, o Pinterest é uma rede de descoberta silenciosa — e ideal para produtos que se conectam com momentos especiais: festas, decoração, maternidade, papelaria e lifestyle.
TikTok: comentários que viram provas sociais (e compras)
Com 98,6 milhões de usuários maiores de 18 anos no Brasil, o TikTok é o palco mais evidente do community commerce em vídeo.
Não estamos falando só do #TikTokMeFezComprar (#TikTokMadeMeBuyIt), que já virou fenômeno global, mas também de:
- Comentários em massa pedindo link do produto;
- Usuários indicando a loja para outros seguidores;
- Tendências criadas por criadores menores, que viralizam de forma orgânica.
O lojista atento consegue transformar essas oportunidades em conteúdo recorrente e relacionamento contínuo.
Aqui o foco não é no influenciador comissionado — mas no cliente real, engajado, que recomenda sem contrato.
Facebook e Telegram: espaço para criar comunidade de verdade
Com 111 milhões de usuários no Facebook e 90 milhões no Telegram, essas redes ainda são as campeãs da profundidade de relacionamento.
- Facebook: participe de grupos locais ou crie o seu. Convide seus clientes para compartilharem como usam seus produtos, faça enquetes e ofereça descontos exclusivos.
- Telegram: crie canais onde você compartilha bastidores, cupons secretos, vídeos exclusivos. O público que entra ali quer fazer parte — e isso é um passo além da venda.
Para marcas que atuam em nichos específicos (como cosméticos veganos, papelaria artesanal, produtos educativos, organização pessoal ou comida saudável), esses espaços são ouro.
Como aplicar community commerce na prática na sua loja virtual?
Você não precisa de um orçamento alto ou uma base gigantesca de seguidores. Community commerce é sobre construir um ciclo de confiança. Veja por onde começar:
- Reposte conteúdo espontâneo dos clientes com destaque e gratidão;
- Crie canais de conversa real, como grupos e listas de transmissão. Ferramentas como o Whats.ly facilitam a organização e o acompanhamento de grupos via WhatsApp, permitindo uma relação mais próxima;
- Peça opinião da comunidade em decisões simples: “qual cor vocês preferem?”, “qual item você gostaria de ver na próxima coleção?”;
- Ofereça benefícios reais para quem compartilha: cupons, acesso antecipado, mimos surpresa;
- Use ferramentas que tragam a comunidade para o site, como o Widget Instagram e o Widget TikTok, que integram os conteúdos criados pelos seus próprios clientes diretamente à vitrine da sua loja;
- Dê nome à sua comunidade, criando uma cultura própria — mesmo que pequena.
No community commerce, o cliente não compra da marca. Ele compra da comunidade.
Esse é o ponto-chave: a venda não vem de um anúncio.
Ela vem da conversa. Do comentário de alguém que já usou, da indicação sincera, da sensação de fazer parte de algo maior.
E para o lojista digital, esse é o modelo mais sustentável de todos: com menos investimento em mídia e mais retorno em conexão. É sobre transformar clientes em defensores espontâneos — e isso vale muito.
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